quinta-feira, 22 de junho de 2017

Praia do Tucunaré, uma praia para todos

A praia mais conhecida e que costuma atrair mais pessoas, é uma magnífica obra do Criador, os 5 quilômetros de areia super branca é fruto de um fenômeno da natureza, no período de cheia do Rio Tocantins fica submersa e surge no verão na forma de um colchão super aconchegante, situada no centro da cidade onde, por mãos humanas foi criada a Orla do Tocantins ou Sebastião Miranda. Sem dúvidas esse encanto da natureza ainda não recebeu a ordenação necessária para transformá-lo num ponto turístico estruturado e belo. Essa visão para o turismo ainda está sendo aguardada e compete aos profissionais fazerem esta tarefa necessária cujos investimentos trarão retorno para todos. Mas, a situação atual precisa passar por um diagnóstico técnico completo, visando atendimento de todos, torná-lo além de um cartão postal um atrativo turístico.

A praia é lugar de divertimentos onde ainda ocorrem certa poluição visual e sonora. Esse espaço poderia buscar uma melhor adequação para atender a todos os gostos, mediante a separação de áreas para cada atividade. Tal medida de organização poderia evitar que toda a extensão seja barulhenta e desassossegante para todos. Os pontos seriam divididos, inclusive, destinando áreas mais silenciosas.

Ao que parece, a estrutura da praia se dá num passe instantâneo de mágica, sem tempo para qualquer ação planejada. Muitas das barracas prejudicam a beleza e tomam espaços dos banhistas, e não seguem nenhum critério de bom gosto, simplesmente fazem seus comércios com material que encontram sem muito esforço, de madeira, chapas metálicas e cobertas por lonas, plásticos pretos e telhas diversas, nenhuma padronização. Olhar de encantamento está apenas para o Rio,  as barracas ainda não foram pensadas segundo os elementos naturais locais, elas são tantas que até imaginamos que ali é uma grande praça de alimentação e não uma praia de tão desorganizada e sem espaços para banhistas.

A praia do Tucunaré já teve energia elétrica para eventos e shows noturnos, havia terminais de atendimento para saques eletrônicos, ali, no de 2000 foi realizado o III Jogos dos Povos Indígenas com a participação de 34 etnias de todo o Brasil e 900 índios. Até circo já foi montado para atividades culturais e para o show da cantora Valeska Popozuda em 2014. Muitos eventos esportivos, desde futebol e vôlei de praia, sem contar as diversões fluviais de Jet sky, botes, competições de nado entre outros.

Então, é preciso planejar a estrutura turística, fazer os zoneamentos e ordená-los, padronizá-los e fazer uma excelente programação de veraneio e divulgar no mínimo com 6 meses de antecedência. Planejar uma repaginação do lugar, torná-lo bonito e atrativo. 

Barracas padronizadas e a praça de alimentação estrategicamente localizadas, os espaços culturais e de música bem definidos, bem como os para esportes, para acampamentos, para serviços essenciais de segurança e de salvamento e etc. Sem contar as necessidades de higiene em seus múltiplos aspectos, de manuseio de alimentos, acondicionamento do lixo e para as necessidades fisiológicas.

A praia será de todos a partir do momento que se tornar atrativa, organizada, bem cuidada e divulgada. Por enquanto a mesma é para os que não se incomodam com a falta de uma boa estrutura para diversão, lazer, descanso e satisfação. O Criador nos presentou com uma maravilha unica, sejamos, portanto, inteligentes para fazer um sustentável e rentável.

É preciso organizar a Praia e entrar para a história
O tempo passa e costumamos não deixar nossas ações ecoarem pela eternidade. As páginas em branco não marcam a nossa passagem pela vida. Lembro de um cidadão que ocupou um cargo estratégico num município vizinho, foram quatro anos e fez muito barulho, não deixou nada de legado,  uma estrutura física,  uma sala, nada, apenas fumaça que o vento levou. Esse cidadão também teve a oportunidade por quatro anos por aqui, deixou nada de legado, apenas uma obra mal feita. Ele se foi e não será lembrado.

Uma praia para todos, para os turistas e para uma boa impressão da nossa imagem,  da nossa cultura e que seja um atrativo para mim, para você e que não nos estimulem a sair de casa. E, por fim, a cultura da receptividade, um atendimento cortês e educado para nós, turistas locais e outros que pretendemos encantá-los.

E os barcos? Eles poderiam ser repaginados e transformados em uma marca, identidade da praia do Tucunaré, de Marabá. Eles poderiam receber pinturas, melhorias nos toldos e etc. Assunto para um outro estudo. É querer demais... É possível melhorar tudo. Eu penso assim. 

Texto e imagens de Francisco Arnilson de Assis

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